A preservação de nosso patrimônio no passado

Você tem a percepção que nosso patrimônio arquitetônico encontra-se deteriorando e que antigas residências que hoje demolidas sucessivamente poderiam entrar no campo da preservação, contribuindo para que a São José de ontem mantenha algumas de suas caractérísticas assim como em países diversos, paises estes que, quem hoje permite a destruição do pouco que ainda temos tem muito apreço em suas visitas de férias, o que ironicamente o insere na passarela da hipocrisia? Então perceba esta ação de 1960.

Os Trabalhos do Plano Diretor para a Conservação do Patrimônio Histórico e Artístico da Cidade e do Município

Informações Prestadas à Imprensa

A Comissão de Plano Diretor de São José dos Campos está encarando com especial atenção o patrimonia histórico e arquitetônico da cidade e do município Os geógrafos Professora Nice Muller e Ignácio Takeda estão procedendo ao levantamento geográfico regional cujos resultados serão não só indispensáveis à composição do Plano Diretor como também orientarão o Plano de Preservação de Patrimônio Histórico. Neste setor, o Sr. Gustavo Neves da Rocha Filho da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, convocado pelo Centro de Pesquisa e Estudos Urbanísticos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo que tem orientando o planejamento de Município, orientará os trabalhos da comissão do Plano visando o aproveitamento dos locais de interesse histórico, artístico e pitoresco tanto o centro urbano quanto a zona rural.
Na zona rural muitas sedes Antigas de fazenda poderão constituir-se em atração turística não só pela magnífica localização que em geral apresentam como também pelo seu valor histórico ou artístico ou por serem marcos de ciclos econômicos regionais.

Outras sedes poderão constituir os futuros núcleos comunitários que o Plano Diretor irá estabelecer. Na zona urbana, cabe 4 Comissão do Plano Diretor preservar alguns edifícios de significativo valor na evolução urbana e dar-lhes uso adequado para o desenvolvimento cultural da cidade.
Assim é que pretende reativar iniciativas como a do Museu, procurando dar-lhe na composição do Plano lugar de destaque e uma sede condizente com sua finalidade. A diretoria do Museu, cujo presidente é Dr. Eduardo de Campos Maia e tem como entusiasmados colaboradores dna. Maria Aparecida Madureira Ramos, sr. Felisbino Rodrigues, sr. Everardo Miranda Passos, Ismael Neves, sr. Paulino Blair e outros, em reunião do próximo dia 30 contará com a presença dos arquitetos da Comissão do Plano Diretor encarregados do setor de história e dessa estreita colaboração deverá advir ótimos resultados para a vida cultural da cidade. Os arquitetos Didney Antônio Amaral e Elizabeth S. Reis já estão a campo a coleta de dados informativos sobre localização de sedes de fazenda e casas urbanas de interesse histórico e apelam para que população os auxiliem neste mister enviando-lhes noticiais que lhes possam ser úteis na seleção edifícios e dos locais históricos.

A Comissão do Plano Diretor dentro em breve, publicará uma monografia sobre São José dos Campos e promoverá exposições com o material que for coletado nesta primeira etapa de trabalho do pessoal do setor de história. Fotografias antigas prédios já demolidos serão bem recebidas pois elas darão maior valor a essa monografia, São José dos Campos será assim, a pioneira no planejamento urbano que leva em conta fatores culturais e tradicionais de sua gente.

Correio Joseense, 31 de janeiro de 1960, Num. 1762

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