Os 100 anos da professora Alcinda Barroso Pereira (1997)

Professora completa um século de vida com humor e sabedoria

A vida média da mulher brasileira é de 69,1 anos e do homem é de 63,5, segundo dados do IBGE. A professora Alcinda Barroso Pereira, diferente da média, está completando 100 anos no próximo dia 1o, em São José dos Campos. Familiares de Alcinda dão a fórmula da longevidade: bom humor e vontade de viver.

A história de Alcinda foi contada por seus familiares. Ela manteve-se apenas calada e sorridente durante a visita da reportagem do ValeParaibano.

Professora do ensino primário durante 36 aos em Queluz e na EEPSG Olímpio Catão, de São José, Alcinda sobreviveu a três fases difíceis em sua vida. Aos 14 anos, resistiu à febre tifoide, uma doença infecciosa que na época não tinha cura.

Na década de 30, quando seu marido, José Henrique Thim, era prefeito de Queluz, Alcinda escapou dos motins da Revolução de 32. Segundo a professora, Queluz foi invadida por revolucionários neste período. Alcinda e o marido sobreviveram escondendo-se nos trilhos da linha de trem que existe na cidade.

E a terceira fase difícil de sua vida veio há 12 anos, quando teve câncer de mama.

Católica, Alcinda colaborou com diversas obras sociais em São José dos Campos. Muitas, direcionadas às crianças carentes da cidade, segundo seus familiares. “Minha tia sempre foi uma pessoa querida e conhecida por muitas personalidades políticas da região“, disse Antenor Pereira.

A sobrinha de Alcinda, Iraci Junqueira Pereira Basile, conta que a professora nunca reclama de nada e está sempre de bem com a vida. “Apesar de estar em uma cadeira de rodas há oito anos, devido à osteoporose, ela possui vivacidade“, afirmou. “Ela é meiga, carinhosa e ótima conselheira”, contou Augusto Basile, marido de Iraci. Cerca de 50 pessoas, entre familiares e personalidades da política e da sociedade joseense, estiveram ontem festejando o aniversário de Alcinda.

Dione do Espírito Santo, Valeparaibano, 1997

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