José Luiz de Almeida e sua história com São José

José Luiz Carvalho de Almeida chegou em São José com seus oito irmãos aos 12 anos, vindo de Barra Mansa (RJ) em julho de 1956. Seu pai veio para o município a convite do então prefeito Elmano Ferreira Veloso para montar um frigorífico no Mercadão.

José, que faleceu em fevereiro deste ano (2021), foi um político e carnavalesco do município, você pode saber mais sobre ele no site Museu da Gente do meu amigo Dirceu Plenamente.
Nesta publicação veremos algumas imagens e textos de antigos jornais do município de sua trajetória. Muito querido na cidade, atual como poucos pelo carnaval joseense, uma paixão eterna.


O samba renasce no carnaval joseense

O clima carnavalesco em São José dos Campos transcorreu com tranquilidade e muita animação. Na avenida São José, a começar pela decoração, as arquibancadas, podemos presenciar a animação dos desfiles das seis escolas de samba, incluindo a de Eugênio de Melo que veio participar do levante do samba pelos joseenses. A escola de samba Padre Miguel, do Rio esteve em Jacareí e em São José batizando as escolas daqui e dando seu radiante show, o que contagiou muito o carnaval paulista, principalmente o de São José. Vale lembrar que a «Padre Miguel» foi a vencedora no Rio de Janeiro.

Nos clubes, a concorrência para se pular carnaval foi bem disputada. Desde o Tênis Clube até os de menores condições, tiveram durante os quatro dias seus clubes lotados com muita animação nesses dias de descanso para todos. Os setores policiais revelaram que o clima foi de tranquilidade registrando-se poucos casos de desastres e brigas para uma época de carnaval.

Hoje à noite serão conhecidos os resultados oficiais do desfile que será realizado na Sala Veloso e será apresentado também os nomes dos membros do júri que irá escolher as melhores escolas. As escolas que desfilaram na avenida foram: Escola de Samba Calazans e seus Acadêmicos, presidente Vera Lúcia Fagundes Martin Cererê, presidente, Jura; Azul e Branco, presidente Adilson Godoy; Império do Vale, presidente, Geraldo José Rocha; Imperatriz, presidente Reinaldo Silva e Filhos do Sol, presidente Borginho.

A prefeitura esteve presente para o sucesso dos desfiles, desde a decoração da avenida até a liberação de verbas para a fantasia de algumas escolas. O prefeito Bevilacqua deu toda sua participação na alegria do povo, comparecendo nos desfiles de rua e nos clubes. Uma pesquisa de opinião pública realizada pela Rádio Clube, revela que a Calazans é a escola com maior possibilidade de ser escolhida como campeã do carnaval 79 de São José dos Campos.

Jornal O Diário, 2 de março de 1979


Vereador propões mudanças para o carnaval em São José

O vereador José Luiz de Almeida apresentou requerimento solicitando que a Prefeitura ceda terrenos para os ensaios das escolas de samba a partir de outubro e não em dezembro ou janeiro como vinha sendo feito anteriormente. O vereador e presidente da Unidos da Vila também pretende sugerir mudanças no sistema de subvenção e premiação das escolas.

Segundo ele, a Prefeitura em vez de auxiliar as escolas com 150 mil cruzeiros deveria ceder apenas cem mil. Em contrapartida, aumentaria a premiação: ao primeiro lugar 300 mil cruzeiros, 200 mil ao segundo colocado e 100 mil ao terceiro: Assim as escolas de samba teriam maior incentivo para lutar pelo título, afirma o vereador pedessista.

Outra Sugestão do político é a cobrança de “uma pequena taxa de participação” para os figurantes das agremiações por volta de quinhentos cruzeiros. Explica José Luiz que a providência serviria para reforçar as finanças das es colas e que as entidades carnavalescas de “Jacareí, Guará e Taubaté cobram esta taxa de participação, também comum nas agremiações do Rio de Janeiro e São Paulo. Tudo para que possamos ter um carnaval cada vez mais forte”.

INCENTIVO

O vereador disse que a cessão de terrenos para ensaios a partir de outubro permitirá que as escolas promovam quermesses e todo tipo de promoção que possa melhorar suas situações financeiras. Quanto a mudança no sistema de premiação – afirmou – “todas as agremiações não pouparão esforços para conseguir o título e principalmente para conseguir os 300 mil cruzeiros”

Jornal Valeparaibano, 17 de setembro de 1980

foto de 1980

Imagens de quando José Luiz foi prefeito do município 1981/1982


Governador Paulo Maluf
No Fundo do Vale, atrás o viaduto da Nelson D’ávila
Às margens da Via Dutra, Jd. Satélite/Vila Anhembi, 1982.


“O RESTO É PIRUÁ”. É A VOLTA DO CARNAVAL DE RUA DE SÃO JOSÉ. COM JOSÉ LUIZ DE ALMEIDA


José Luiz de Almeida, ex-prefeito, o grande incentivador do Carnaval de São José dos Campos, presidente de honra da “Unidos da Vila”, quer e está lutando pela volta do Carnaval de São José dos Campos. “E O RESTO É PIRUA” vai para a rua, na boca do povo. Diz Luizinho Grunewald, global folião que:
A Unidos da Vila está de volta ao carnaval de São José dos Campos e do Vale do Paraíba. E ela vem mostrar que é pipoca graúda. Da boa, que estoura toda na panela e faz a alegria de todos
E é exatamente o milho que a Unidos da Vila vai cantar nesta avenida, cevando a alegria do povo, alimentando a esperança de, através do carnaval, a gente ser um pouco mais feliz…
O milho já era conhecido dos índios, muito antes dos europeus chegarem à América. O que dizem os pesquisadores é que o cereal é originário da região baixa compreendida entre o Paraguai, a Bolívia e o Sudoeste do Brasil. Os indígenas das três américas cultivaram o milho. A civilização Inca, que floresceu no Altiplano Peruano-Boliviano, e que foi uma das mais brilhantes do mundo, tinha no milho o sustento e o prazer. Todos os meses, esse povo tinha alguma cerimônia em que aparecia o milho. O mês da semeadura, realizavam pequenos sacrifícios de animais ao Deus protetor da germinação.
O índios norte-americanos, tão conhecidos por nós através do cinema, também cultivaram o milho. O primeiro contato com praça branca como cereal foi em 1492, quando os espanhóis levaram a Colombo amostras de milho.
No Brasil, o milho está ligadíssimo ao nosso dia a dia. Na cozinha. E principalmente na nossa herança caipira. Com angu, a pamonha, o milho verde, o mingau, curau, a farinha, o pão, etc.
Uma cultural caipira que teve em Monteiro Lobato um dos maiores divulgadores, que criou o Jeca Tatu. E todos os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Como o Pedrinho, a Emília, a Narizinho, o Porco Quindim, a Dona Benta, a tia Nastácia. E um personagem que veio do milho.

Jornal Valeparaibano, 17 de agosto de 1993

Com o ex-prefeito Sérgio Sobral.
Na Câmara Municipal. Ao fundo o repórter Fernando Biruel.






A fundação da Liga Independente das Escolas de Samba, Blocos Carnavalescos e afins da cidade de São José dos Campos acabou sendo necessária devido a Associação das Escolas de Samba não ter condição de realizar o carnaval da cidade por falta de prestação de contas de 1996, e algumas entidades carnavalescas acharam por bem fundar uma nova entidade para poder dar sequência ao evento carnaval.

Em setembro do ano passado uma Assembleia fundou a entidade, que de lá para cá procurou se estruturar e regularizar a documentação para poder ter condição de realizar o carnaval em parceria com a Prefeitura e Fundação Cultural. Segundo o dirigente José Luiz de Almeida, “a fundação da Liga se deu na necessidade de uma nova entidade carnavalesca com pessoas sérias, idôneas e capaz de realizar um carnaval descente”. Ainda conforme José Luiz, se não fosse criada a Liga das Escola e Blocos, São José dos Campos ficaria mais um ano sem o popular carnaval de rua.
“O Poder Público não pode subvencionar qualquer entidade que tenha alguma irregularidade, como é o caso dessa antiga entidade carnavalesca que não apresentou contas do carnaval de 96 ao Tribunal de Contas do Estado”, diz José Luiz.

Carnavalescos de São José dos Campos criaram na noite de quarta-feira a Liga Independente das Escolas de Samba, Blocos Carnavalescos e Afins. A Liga vai representar as escolas de samba da cidade e preparar o carnaval de 1998.

Segundo o carnavalesco José Luiz de Almeida, eleito, presidente da Liga, a Associação das Escolas de Samba de São José dos Campos perdeu a credibilidade junto à Prefeitura Municipal, aos empresários e às escolas depois de não ter prestado contas da verba de R$ 156 mil que recebeu para fazer o desfile de 1996. Na época, a Associação era presidida por Francisco Xavier. O fato resultou na não-realização do carnaval de rua esse ano.

“Não vamos tentar salvar a Associação por que ela está muito desgastada, por isso criamos a Liga que vai começar um trabalho contando com o apoio público”, diz Almeida.

O projeto para o Carnaval 98 já tem o aval da Prefeitura Municipal. “Na verdade, a Liga é uma iniciativa nossa”, disse o assessor de Relações Públicas da Prefeitura, Felipe Cury. “Achamos por bem organizar E uma entidade que pudesse viabilizar o carnaval de São José”.

Cury afirma que participou da criação do estatuto da entidade. Ele descarta, no entanto, que a Prefeitura vá patrocinar o carnaval das escolas. “A escola pode ser auto suficiente, pode angariar fundos com bingos, ensaios abertos e o folião pode, por exemplo, pagar por sua fantasia”, diz Cury.

A Prefeitura se compromete a adequar o local dos desfiles para o público, cuidar da iluminação e decoração da avenida. Ainda não foi levantado o custo do carnaval 98.

A Liga das Escolas de Samba tem planos de programar eventos durante todo o ano para arrecadar dinheiro e criar uma Casa do Samba, o que manteria as pessoas ligadas em carnaval durante todo o ano.

Com relação aos desfiles será criada uma categoria para que os blocos dos clubes como Luso Brasileiro, Santa Rita, Associação Esportiva São José e Tênis Clube, possam desfilar. “Com isso atingiríamos parte da elite que frequenta esses lugares”, acredita Almeida.

São José tem seis escolas de samba: Unidos da Vila, Martim Cererê, Vila Cristina, Imperatriz Joseense, Acadêmicos do Satélite e Acadêmicos da Zona Sul. Em 1996 desfilaram oito blocos pelo grupo 1 e sete blocos pelo grupo 2.

Fevereiro de 1998




Representando São José dos Campos, Solange Frazão foi Miss São Paulo em 1982

Com patrocínio da SAVILAR



Quando vereador, José Luiz de Almeida entregou o título de Cidadão Joseense ao Cel. Ozires Silva, em 1979.



Veteranos da Associação Esportiva São José (AESJ) em uma partida de exibição



O ex-prefeito e ex-vereador de São José dos Campos, José Luiz Carvalho de Almeida, faleceu em uma quinta-feira 11 de fevereiro de 2021 aos 76 anos, também recebeu o título de Cidadão Joseense, deixou sua marca no município atuando com bastante vigor por todos os setores que passou, fica aqui a homenagem de São José dos Campos Antigamente.

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Wagner Ribeiro – São José dos Campos Antigamente

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