Residência Olivo Gomes

Foi construída para ser residência do empresário Olivo Gomes, proprietário da Tecelagem Parahyba, que na década de 1930, possuía 1.200 funcionários e produzia 170 mil cobertores e 180 mil metros de brim mensais.
A residência de Olivo Gomes foi cedida para o governo municipal na década de 80 em razão das dívidas acumuladas pela Tecelagem Parahyba. Atualmente, toda a propriedade faz parte do Parque da Cidade, também chamado de Parque Burle Marx, administrado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Wikipédia

De autoria do escritório de Arquitetura Rino Levi Arquitetos Associados, o projeto é datado de 25 de outubro de 1949 e sua construção inicia-se em 1951 sendo concluída em 1952. Situada dentro do Complexo da Tecelagem Parahyba, onde abrange uma série de obras para a fazenda de propriedade da Família Gomes, a Fazenda Sant’Anna do Rio Abaixo, a residência foi projeta para ser a casa principal da família em São José dos Campos. Sua construção está diretamente ligada à história da “Tecelagem Parahyba Sociedade Anonyma”, fundada em São José dos Campos no ano de 1925 por empresários brasileiros e portugueses.

A Tecelagem começa a funcionar em 1927 produzindo brim para vestuário, ocupando uma área privilegiada próxima à nova estação ferroviária central de São José dos Campos, o que facilitava a chegada de matéria prima e o transporte dos produtos acabados. Passando por dificuldades devido à crise mundial em1929 a Tecelagem acaba pedindo concordata e em 1930 foi convidado para ser gerente da indústria o corretor de algodão Olivo Gomes que em pouco tempo assumi a presidência da empresa.

Sob o comando de Olivo Gomes a Tecelagem Parahyba parte para a diversificação da produção iniciando um processo de aquisição de propriedades e novos investimentos em obras. É implantada então num conjunto de várias fazendas da família Gomes, próximo à tecelagem, um grande complexo agroindustrial, a Fazenda Sant’Anna do Rio Abaixo, produzindo leite, arroz, café, aveia, lã natural, gado de corte, entre outros. No final da década de 40, a tecelagem chegava a uma produção anual de quatro milhões de cobertores, sendo a maior fonte de recursos da empresa, impulsionando os novos investimentos.

As edificações do complexo seguiram um novo padrão construtivo dentro de um ideal de modernidade, marcando uma ruptura com as edificações da tecelagem que eram de tijolos aparentes sem revestimento e cobertura em forma de serra (shed), influencias da arquitetura industrial europeia do século XIX. Isso aconteceu devido à participação de importantes arquitetos modernistas na criação do complexo. Por iniciativa dos filhos de Olivo Gomes, os então estudantes Severo (que chegou a ser Senador da República) e Clemente, convidaram seus colegas da Universidade Mackenzie, os arquitetos Carlos Millán, Sidney Fonseca e Luiz Roberto Carvalho Franco para a realização de dois projetos no complexo, um foi a residência para diretoria e o outro uma escola para filhos de operários.

Localização por foto aérea

Desenho detalhando a Residência Olivo Gomes

Entrada principal
Entrada principal em corte
Lateral direita
Lateral esquerda
Lateral esquerda em corte
Fundos
Planta
Cobertura

Vídeo

Abaixo um carrossel com 59 fotos externas e internas da Residência Olivo Gomes de 2004
(passe as imagens para as laterais esquerda ou direita)

Endereço: Avenida Olivo Gomes, n°100, Santana

Denominação: Residência Olivo Gomes.
Localização: Av. Olivo Gomes, s/n°, Santana.
Uso Original: Residência.
Uso em 2005: Administração do Parque Roberto Burle Marx.
Área Construída: 1.656,73 m2.
Construção: 1951.
Autor do Projeto: Arquiteto Rino Levi.
Construtor: Felizardo Trevisin.
Colaboradores: Roberto Burle Marx, paisagismo – Francisco Rebolo, pintura.
Preservação: Processo n°1368-T-96 pelo IPHAN e Processo n°37.352/98 pelo CONDEPHAAT.
Instrumento Legal conforme Legislação Municipal de Patrimônio: Lei n°6493/2001, de 05 de janeiro de 2004.
Categoria de Preservação conforme Legislação Municipal de Patrimônio:EP-1.
Restauro: Não houve.

Texto, fotos e computação gráfica realizados pelo arquiteto e professor Fabio de Almeida para o projeto “Patrimônio Arquitetônico de São José dos Campos” por meio da Lei Complementar 094/93 de 13/12/93, do Município de São José dos Campos-SP, no ano de 2005.
Copyright © Fábio de Almeida

Fotos e vídeos complementares reunidos por Wagner Ribeiro.

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